A próxima edição do Femusc– Festival de Música de Santa Catarina só vai ocorrer de 20 de janeiro a 2 de fevereiro de 2013. Mas se depender do entusiasmo do seu criador e diretor artístico, maestro Alex Klein, Jaraguá do Sul já pode começar a pensar no evento que, tradicionalmente, abre o calendário cultural do Estado.
“Estamos neste período avaliando o que funcionou bem em 2012 e o que podemos repetir no ano que vem, assim como estudamos mudanças e inovações para que o Festival continue trazendo tantas alegrias aos músicos participantes quanto para o público”, assinalou Klein, durante visita na semana passada, quando se reuniu com a direção do Instituto Femusc, em Jaraguá do Sul.
Conforme o maestro-oboísta, a oitava edição quer manter a qualidade do evento, e buscar cada vez mais a interação com a comunidade. “Ainda é muito cedo para falarmos de atrações, mas estaremos sempre preocupados em fazer melhor, pois queremos colher frutos desta árvore maravilhosa, acompanhando a movimentação de alunos que passaram pelo Festival e hoje estão buscando espaço em escolas ou orquestras no mundo todo”.
Klein cita o caso do estudante de violino Eduardo Rios Silva, jovem estudante do Peru que, aos 16 anos, já é reconhecido como um dos talentos potenciais da música erudita, e que acaba de ser aceito no New England Conservatory, de Boston. “São histórias lindas como esta que reafirmam a importância do Femusc.
Assim como este talento promissor, muitos jovens passaram por Jaraguá do Sul em busca de seus sonhos e mais tarde vão se lembrar desta experiência”, assinala. O diretor artístico do Femusc informa que no dia 15 de agosto deve ser dada a largada para o período de inscrições para a próxima edição.
Segundo ele, deste período em diante começam os contatos com estudantes e professores para a definição do programa de obras a serem executadas. “É um trabalho muito criterioso e dedicado, mas que nos permite oferecer ao público peças de muita qualidade, além de lançarmos o desafio aos jovens de participarem da organização deste roteiro”, comenta Alex. Na edição deste ano, foram 700 obras estudadas, em mais de 700 horas dedicadas a estudos, ensaios, palestras e concertos nas 25 séries da programação.
Em relação à vinda de grandes nomes como atrações especiais do Festival, Alex Klein diz que esse é sempre um desejo da organização. Nos últimos anos, o público foi brindado com a vinda de talentos precoces como a violinista chinesa Sophie Chan, de 11 anos, na edição 2011, e na edição deste ano com as presenças de estrelas consagradas como o compositor Marlos Nobre e o pianista João Carlos Martins, entre outros nomes.
“Nós sempre vamos querer trazer grandes artistas, vamos trabalhar neste sentido. Mas isso vai depender de duas condições: do orçamento e da disponibilidade de agendas dos nossos convidados”, afirma. Para o maestro, independente das estrelas, o público deve manter a expectativa otimista do que vai encontrar no evento.
“A nossa expectativa vai ser sempre a de que todos devem sonhar alto de que o Femusc será repleto de alegrias, de boa música, da energia destes jovens, e do prazer de ver uma nova geração de grandes músicos passando por Jaraguá do Sul e Santa Catarina”.
Uma das metas da direção artística, ainda, é permitir que as atividades relacionadas ao Festival tenham sequência ao longo do ano. Klein entende que é necessário tirar proveito da influência benéfi ca que o Femusc deixa na cidade, “mas isto não pode acontecer apenas em duas das 52 semanas do ano”. Não há uma fórmula defi nida, mas ele garante a preocupação da organização no sentido de inserir atividades no calendário que permitam um acontecimento mais constante. “O público gosta muito do que vê e ouve nestas duas semanas, gosta muito da Scar.
Então podemos pensar em usar esta estrutura para que a comunidade usufrua de programação que vai estar relacionada com o Festival e com as artes”, completa o diretor artístico. Ao público, resta aguardar quais as próximas novidades que surgirão na esteira do Femusc.
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